sábado, 20 de agosto de 2016

Abóbada Cinérea e um Sabiá Sabático

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O sábado amanheceu cinzento
coriscos relampejantes no céu
trovões a ribombarem incessantes
mas o sabiá está lá a cantar
o seu canto maviosamente harmonioso
duetando ao barulho da chuva
que derrama-se do firmamento plúmbeo
e o horizonte é escuro sem o sol
e o poema se refaz nevoento e obscuro
como esse sábado de abóbada cinérea
como esse canto deleitável do sabiá
como essas letras que escorrem com a chuva
para serem carregadas pelas águas do ribeirão.


Jonas R. Sanches
Imagem: Eric Mendez

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