Ruídos do mundo amanhecendo,
carros transitando, martelos batendo,
gatos miando, cachorros latindo,
pessoas conversando e o copo caindo.
Tantos sons o e poeta à surdina
caminha taciturno pelos pensamentos
observando atentamente o vento
que movimentas as pás do moinho;
moinho de tempo moendo os minutos
e pelo vão da ampulheta ele olha mudo
o grão de areia em seu poder resoluto
ponteiro invisível do relógio do mundo.
Ruídos do mundo esvanecendo,
tic-tacs incessantes nos corações
que batem, batem, batem e rebatem
todas as verdades que passam com o tempo.
Jonas
R. Sanches
Imagem: Marcel Caran
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